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1965 – A Propósito do Instante
“D’um tel vide absolu naít le plus merveilleux épanouissement de l’acte pur” *
O instante do ato não se renova. Existe por si mesmo: repeti-lo é dar-lhe um novo significado. Ele não contém nenhum traço da percepção passada. É um outro momento. No mesmo momento em que acontece, é já uma coisa em si.
Só o instante do ato é vivo. Nele o vir a ser está inscrito. O instante do ato é a única realidade viva em nós mesmos. Tomar consciência é já o passado. A percepção bruta o ato é o futuro se fazendo. O presente e o futuro estão implicados no presente-agora do ato.
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"De tal vazio absoluto nasce o mais maravilhoso desenvolvimento do ato puro"