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O que está em jogo no acontecimento performativo onde vida e arte se dobram e se tocam no justo espaço da dança? O corpo próprio? E que corpo é este?
DSÍ nos desafiou o encontro com este outro espaço do corpo. Por debaixo de camadas infinitas de pele, buscamos incessantemente tocar a superfície sutil de um corpo pré-verbal, imaginário, perceptivo, potente e sensório.
Neste percurso, a memória, suas marcas reais ou ficcionais e os instantes de uma vida desestabilizaram lugares deste corpo para religa-lo a novos estados no aqui e no agora.
Espelhamentos de si, reflexos do outro que atravessam e perfuram a fina camada da ação performativa, se misturam e se desintegram em leves partículas que repulsam e atraem o
instante do gesto que gesta. E a experiência se refaz.